Comércio de bairro é exemplo de como é possível crescer na crise
Dorival Aparecido Magnani não abandona o Parque São Paulo, bairro da Zona Leste de Araraquara. Nem como morador, tampouco como comerciante. Aos 55 anos, o pequeno empreendedor mantém, há nove, um supermercado na região. Ele é mais um dos quase 21 mil micro e pequenos empresários de Araraquara, mas em seu bairro é referência. “Gosto assim, de tratar com o cliente pessoalmente”, diz.
E foi justamente para estimular a sociedade a consumir produtos e serviços de micro e pequenas empresas, como o supermercado do Dorival, que o Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) lança segunda-feira o Movimento Compre do Pequeno Negócio. Durante a semana, até o dia 10, ocorre também a Semana do Empreendedor (saiba mais abaixo).
O objetivo é capacitar o maior número possível de empreendedores e difundir a força do setor na economia. “Ampliar essa visibilidade é um incentivo fundamental para a sociedade valorizar o pequeno, comprando perto de casa”, destaca o gerente regional do Sebrae em Araraquara, Daniel Palácio.
Segundo ele, o faturamento das micro e pequenas caiu quase 12%. “Por isso, precisamos fomentar essas ações de capacitação e melhoria nesses negócios. Para que continuem fortes em suas localidades”, acrescenta.
Crescimento no bairro
E é essa força no bairro que molda os negócios de Dorival. “Estar aqui é o caminho. Começamos pequenos e fomos nos desenvolvendo. Era eu, meu filho e minha esposa”, relembra. Hoje, dez funcionários atuam no supermercado.
“A ideia é ter um pouco de tudo para o cliente: padaria, açougue, produtos alimentícios, sem que o morador saia daqui”, reforça o comerciante. As compras da última hora, típicas de um bairro residencial, também fazem girar o movimento do estabelecimento. “A pessoa chega em casa, vê que faltou óleo e vem aqui, pertinho. E sempre acaba saindo com algum produto a mais.”
O atendimento, segundo Dorival, faz a diferença frente às grandes redes. “Se o cliente entra e sai sem levar nada, vou pessoalmente perguntar o que houve. Só no comércio pequeno tem isso”, garante.
Outro exemplo que um negócio de sucesso independe do tamanho é a loja de Eduardo Martinez. Com anos de experiência no setor de produtos para cabeleireiros, o empreendedor diz que não abre mão de estar na Vila Xavier.
“O dinheiro fica na própria região. Eu compro do meu vizinho e ele compra de mim. A união é essencial para fortalecer os pequenos negócios”, explica. Martinez diz não ver pontos negativos em ser um pequeno empreendedor. “Só tem vantagens, como negociar direto com o dono. A população tem que se conscientizar e apostar cada vez mais nos menores”, conclui.
Ações marcam agenda do empreendedor
De 5 a 10 de outubro, o Sebrae-SP promove a Semana do Empreendedor. A ação começa com o Dia D do movimento Compre do Pequeno Negócio, na segunda-feira. O ato celebra junto aos consumidores a importância dos pequenos empreendimentos na economia nacional.
O objetivo da semana é orientar empresários de um segmento que responde pela criação de 48% dos empregos formais e 27% do PIB do Estado. As ações estarão focadas na superação da crise econômica e caminhos práticos para trabalhar aspectos fundamentais para essas empresas, desde a melhoria de uma vitrine até planejamento de marketing, controle das finanças, tomada e utilização consciente de crédito.
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