(*) Helio Machado

Jornal de Noticias – 17-07- 2016

Nunca antes na história da nossa cidade, tivemos uma Câmara tão distante dos seus reais propósitos como atual. A começar pelo número exagerado de vereadores.  Montes Claros não precisa  de tantos vereadores. Além de caros, são na sua maioria inoperantes, o que é pior ainda.

A atual Legislatura desde o seu inicio, já prestou um grande serviço à cidade, quando da intransigência velada que fazia antes as iniciativas do Executivo. Manipulação de pautas, esvaziamento tendencioso de sessões de acordo com a coniveniência de uma presidência, que  utilizava do cargo exclusivamente em benefício próprio. O Executivo, naquela época, pagou um preço caro, por ter acreditado que em política todo mundo é movido por boas intenções e que o amor a Montes Claros falaria mais alto. Ledo engano. Foram dois anos de aprendizado e sofrimento, que somente se findaram com a nova eleição da mesa diretora.

O grupo que faz oposição atualmente na Câmara é patético, como patética são as suas ações naquele Plenario. Composto por um vereador que teve seu nome envolvido em escândalos do Bolsa Familia, por um outro constante ridicularizado nas redes sociais como assediador, por uma vereadora inexpressiva que veladamente tem dificuldades até de se expressar, um outro que imagina conseguir intimidar adversários através do berros, e mais berros e um outro que de noite reza para Deus, mas de dia endossa protestos preconceituosos contra moradores de regiões empobrecidas. Essa é a oposição na Câmara de Montes Claros. Uma oposição sem propostas, sem comando, sem projetos políticos que possam contemplar os reais interesses do nosso povo.

Por sua vez, o grupo situacionista também deixa a desejar em alguns aspectos. Atitudes fisiologistas, a dificuldade em romper com a politica do toma lá dá cá, e em especial, a fragilidade de uma bancada de situação que sempre deixa o Executivo apreensivo, sem saber se terá ou não o apoio necessário.