Na administração pública, sobretudo na municipal, não há lugar para amadores nem tampouco para oportunistas. Nos últimos oito anos a gestão pública passou por grande melhoria, no que se refere à transparência das suas contas junto à opinião pública, e reforçada por órgãos fiscalizadores como o Tribunal de Contas, a Promotoria Pública e a Polícia Federal. O gestor é responsável por qualquer erro administrativo existente em sua gestão, o que o levará a pensar duas vezes antes de contratar ou nomear um assessor.

Imagine um contador que não consegue interpretar os números da sua Contabilidade, coisas básicas como ponto de equilíbrio de uma empresa, planejamento a curto e médio prazo, e conhecimento pleno do negócio. Há um mês, o Prefeito eleito da nossa cidade colocou em dúvida o orçamento do município, dizendo que o mesmo estava maquiado e que o correto seria 400 milhões em vez de 1.500 milhão.

Exaltou-se, esbravejou, exigiu e conseguiu uma reunião extra na Câmara de Vereadores para analisar os números. Levou sua equipe “técnica”, que trabalhou com os dados disponíveis, e para sua decepção a conta permaneceu em 1.500 milhão. Quando levantou dúvidas sobre o orçamento, além de criticar a administração anterior, colocou sob suspeita todo o quadro técnico de Contabilidade da Prefeitura, composto por efetivos que estão na luta por uma gestão transparente e eficaz. O desapontamento daquele grupo, dificilmente será esquecido.

Um Contador quando erra, deveria pedir desculpas, e não cometer novos erros, mas não foi o que fez o que chegou agora, pois ficou calado. No primeiro dia do Governo foi feito um Decreto de Calamidade Financeira, colocando a Prefeitura como um negócio de risco. Foram cortadas bonificações e gratificações dos servidores, sabendo-se que os salários pagos pelo Executivo são os menores da cidade para cargos semelhantes. As bonificações buscam motivar funcionários, melhorando seus salários. Essa “idéia” brilhante tornará morosos e burocráticos os serviços da Prefeitura, o que não condiz com uma cidade que tem um grande Futuro, um dos maiores do nosso estado.

O lado cômico desse fato é que o Prefeito teve a preferência da maioria dos efetivos da Prefeitura, que contribuíram com votos. Fica a pergunta: o Prefeito estudou o Orçamento do Município? E se estudou, por que o decreto de Calamidade Financeira? Não conseguiu analisar, ou não analisou corretamente os números de receitas e despesas?

As Micro e Pequenas Empresas terão receio de vender para um município que assume publicamente uma situação financeira ruim. Esse Decreto criou um clima negativo na cidade, com fornecedores locais preocupados com o risco declarado.

O Prefeito precisa apresentar seu Plano de Governo voltado para as Micro e Pequenas Empresas de Montes Claros, lembrando que o Plano de Governo que ele apresentou na Campanha Política era uma cópia de outra cidade. Começa neste mês as Declarações Anuais dos MEI – Micro Empreendedor Individual, que era feita gratuitamente na SALA DO EMPREENDEDOR da Prefeitura, cujo serviço não foi restabelecido. Ao todo são mais de 13.000 Empreendedores Individuais, que deverão procurar esse atendimento e o município não poderá ficar omisso.

Prefeito, por favor, coloque a “mão na massa” e ponha a gestão pública municipal para funcionar, e a partir daí, atender bem os cidadãos montes-clarenses será motivo de orgulho.

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