* por Luciano Meira
Em artigos publicados em nosso blog temos abordado temas e ações relevantes para uma boa gestão pública municipal, utilizando nossa credibilidade e experiência, após anos atuando como consultores.
Em vídeo o Tribunal Regional Eleitoral, após as eleições, manda cobrar, fiscalizar e denunciar, então, com nossas sugestões, contribuímos para incentivar os eleitores a exigir um trabalho eficaz dos governantes municipais.
Na última semana, após as ruas da nossa cidade ser invadidas por águas de esgoto, a Prefeitura noticiou com alarido a limpeza dos bueiros da Avenida Esteves Rodrigues (oito locais) e da Rua Cel. Joaquim Costa (sete locais). Poucos acreditaram na eficácia desse serviço, em vista do amadorismo do anúncio e da gravidade dos prejuízos ao comércio local, situação que não aceita tratamentos paliativos. Ações consistentes são necessárias, mas tem faltado planejamento.
As faculdades de engenharia da cidade e seus acadêmicos representam uma linha de conhecimento que precisa ser utilizada. Um pouco de humildade não faz mal, então, por que não solicitar aos universitários um planejamento estratégico que venha salvar Montes Claros? Muitos professores e alunos fazem perguntas como as que se seguem. Quantos bueiros existem e qual é a situação deles? Os mesmos estão georreferenciados? O que fazer para torná-los eficientes?
Na Avenida Esteves Rodrigues as condições de escoamento de água no Canal foram avaliadas? Quais são elas? Qual é a capacidade total de vazão de água por segundo? Como estão as galerias da parte coberta?
Na Avenida José Correa Machado, em frente à Secretaria de Meio Ambiente, os canais apresentam-se com obstruções e erosões. Quais providências serão tomadas?
Na Avenida Vicente Guimarães, cada chuva forte destrói mais o canal, erodindo o restante da rolagem da avenida. Após a interdição, o que será feito de imediato?
Há trinta e oito anos, a visão futurista de Toninho Rabello quis construir uma lagoa na parte baixa da região da Rodoviária, para contenção da água que viria das regiões do Maracanã e do Major Prates, quando estas fossem asfaltadas. O setor imobiliário desconsiderou o Prefeito visionário e loteou a área. Hoje a inundação é um problema cuja resolução passa pela reconstrução da Avenida Vicente Guimarães orçada em um bilhão de reais. O que a atual administração vai fazer?
No Bairro São José há problemas semelhantes nas galerias e bueiros, assim como no Bairro Todos Santos. Não são problemas pontuais, pois envolvem toda a cidade, exigindo ação rápida após estudos, projetos e licitações.
Mudaram dias e horários da coleta do lixo, com acúmulo e mau cheiro. A varrição de ruas não funciona a contento e Montes Claros está suja. Lixo nas ruas é fator de obstrução das vias de escoamento da água.
A buraqueira transformou a cidade numa tábua de pirulitos. As ruas centrais asfaltadas na década de 1970 estão cheias de ondulações, não mais cabendo remendos. A Prefeitura tem um estudo para trocar 200 km de asfalto no centro da cidade. Esperamos que não esteja programada só uma “operação tapa buracos”.
A falta de planejamento estratégico da atual administração demonstra uma visão míope, do Contador, cujo olhar exige óculos bifocais ou até uma boa lupa, para melhor ver e entender a gravidade dos problemas.
Na área econômica, o carroção continua atolado em indecisões, e até agora, produziu um numero insignificante de editais para abastecer por seis a 12 meses setores da Prefeitura. Apenas três setores foram atendidos até o momento: Transporte Escolar, Gêneros Alimentícios e Material Médico Hospitalar. Nesse passo, em breve o caos predominará.
A infraestrutura da Prefeitura não está capacitada para atender as atuais demandas que tanto afligem a população, por isso sugerimos uma atitude inteligente: lançar um edital destinado as Micro Empresas do Segmento de Construção Civil para prestar serviços de limpeza de canais, bueiros e asfaltamento das nossas ruas. Essa visão prática dispensa óculos, pois todos verão o resultado nas próximas chuvas.