Desde o início da atual administração, tenho dado sugestões, apontado caminhos para solução de problemas comuns a qualquer cidade, e que o Gestor poderia aproveitar. Mas não o faz. Infelizmente, não acredita no alerta amarelo e agora o sinal ficou vermelho. O Hospital Alfeu de Quadros foi depredado pela população inconformada pela falta de atendimento e medicamento. O Pronto Atendimento que funcionava 24 horas se esfarelou.
Na gestão anterior, existia uma equipe de triagem para atender às pequenas demandas da área da saúde, como solicitação de fraldas descartáveis, leite e remédios. A gestão atual deu por encerrado esse tipo de atendimento, assim, quem não gostar dessa resolução deverá procurar a Justiça.
As consultas viraram bilhete de loteria, estando criminosamente restritas e com previsão de exames para 12 meses. Pergunte algo por telefone ao atendente do Posto de Saúde: sua resposta será um horror. Pessoalmente não será melhor.
A área de Fisioterapia, muito utilizada por idosos e acidentados, muitos de moto, tinha uma demanda prevista para 11.000 consultas, mas teve seu número reduzido para 5.000 atendimentos.
O efetivo da Prefeitura, que se inebriou no “conto da sereia”, não sabe a quem reivindicar. A Data Base está chegando, e no Passo Municipal, reinam o silêncio e a proibição de se tocar no assunto. Todos de bico calado. Uma engrenagem já gasta pelos anos, sendo deixada à própria sorte, para de funcionar. Na gestão anterior vi um estudo no qual 42% dos 5.300 efetivos faziam rodízio de licenças médicas de 10 a 15 dias. Na atual administração, sem rumo e sem gratificações, a ineficiência e o atendimento na saúde pioraram. E não foi pouco não.
O locutor que virou secretário abria seu programa no rádio gritando: “Ô Coronel, cadê você?” e agora, anda calado, porque estão debaixo do mesmo telhado e sentem o peso do que seja administrar.
Depois de muito sofrimento (suponho, ao ouvir o foguetório), fizeram um edital para a merenda das escolas. Pipocaram foguetes de verdade, como se fosse um bilhete premiado. O problema é que o alimento faltará, pois não existe planejamento de consumo anual. Então, um novo edital será elaborado, com nova interrupção, naquele ciclo perpétuo, no qual a incompetência gera incompetência.
Com o corte dos guardas, efetivada pelo Contador, na sua “alta sabedoria”, aumentaram os furtos nas Escolas Municipais. Enquanto roubam ventilador, TV e DVD, o prejuízo é recuperável. Esses mesmos guardas faziam o rodízio de vigilância de portaria nos três horários. As escolas agora não contam com vigia, e os bandidos, assim como nós, já sabem disso. Há um risco real de uma criança desaparecer, mostrando o descaso com a vida dos alunos. De quem será a responsabilidade?
Confirmando a cada palavra e atitude o quanto é grosseiro e mal educado, o Contador, omisso e pouco afeito a liturgia do cargo, não compareceu a reunião promovida pela Frente Nacional dos Prefeitos, comandada pelo ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda. Aconteceu na Câmara Municipal de Montes Claros, no último fim de semana. O evento serviu a políticos do Executivo e do Legislativo e técnicos das cidades da região. Segundo informações da Corte, o Contador não foi, assim como seus assessores, porque o ambiente não era propício para sua administração.
A Frente Nacional dos Prefeitos e o SEBRAE são fomentadores da Lei Geral no Brasil. Como Montes Claros é referência nacional nessa área, lugar alcançado na gestão passada, promoveu o evento para envolver, levar aperfeiçoamento técnico aos gestores dos municípios do Norte de Minas e convidá-los para outro encontro em Brasília, no final deste mês.
A grosseria terá desdobramento e más consequências para o futuro da cidade, uma vez que Márcio Lacerda é considerado pela imprensa mineira, como provável futuro Governador do Estado. Caso isso venha a ocorrer, o Contador, com seu gesto arrogante, dificultará a chegada de benefícios do Governo do Estado para Montes Claros.
Qual é a base política do Contador em Brasília? Quais os Projetos, para contemplar o município estão sendo analisados junto aos Ministérios? Um desagradável silêncio paira no ar, primeiro, pela falta de elaboração de projetos, e segundo, pela falta de representatividade do governo municipal junto à bancada federal mineira.
Montes Claros, Montes Claros, por que fez essa escolha tão infeliz?