Diferentes das grandes redes, que são dependentes da cultura desenvolvida nas grandes cidades, as pequenas mercearias costumam ser abertas com pequeno número de produtos, para atender uma demanda emergencial em um bairro ou região carente de itens de primeira necessidade. Começam com perecíveis, buscando um atendimento personalizado, rápido e sem filas, e a população adere, mesmo que isto represente pagar um pouco mais por essa comodidade.

Montes Claros conta hoje com mais de 290 bairros e 2.000 pequenas mercearias no entorno deles, e, à medida que aumenta o número de habitantes, acabam por transformar as principais avenidas em áreas comerciais.

As mercearias são estabelecimentos de pequeno porte, que vendem alimentos e produtos em quantidades menores do que aquelas vendidas nas redes de supermercados. Uma característica desse negócio é a possibilidade de utilização de imóveis menores, com estoques reduzidos, oferecendo produtos populares, com venda e reposição mais rápidas. Com isso atendem pessoas em pequenas compras, que buscam opções próximas da sua residência.

O autosserviço, muito utilizado, em que o cliente manuseia o produto, verifica a data de validade e conhece o preço antes da decisão pela compra é uma variável muito utilizada nesse tipo de comércio, sendo um dos seus pontos positivos.

Surge agora um novo nicho de mercado para as pequenas mercearias, que é trabalhar com as Compras Governamentais, possibilitando a expansão desse segmento. Tal organização permitirá a ampliação e a comercialização junto às faculdades, escolas, creches e postos de saúde, potenciais compradores de diversos produtos no próprio bairro.

Um estudo realizado em Montes Claros mostra que, caso fossem feitas as Compras Governamentais, como determina a Lei Geral, diretamente nas micro e pequenas empresas, seria movimentado por elas um montante de 700 milhões de reais por ano. Essa Lei determina que as Instituições Públicas Federais, Estaduais e Municipais são obrigadas a destinarem 25% do seu orçamento para essa compra.

Se hoje já temos o crescimento das pequenas mercearias nos bairros, caso seguissem a nova ordem, poderíamos triplicar o faturamento das mesmas, desde que participem dos editais diários nos diversos órgãos.

Até o presente momento, notamos falta de interesse por parte de Prefeitura em incrementar e orientar as pequenas empresas, para que se organizem e se dediquem a explorar esse novo mercado. Nos poucos editais que a Prefeitura tem publicado, por falta de orientação, há pequena participação do Segmento de Mercearias.

O Prefeito e sua equipe precisam dar atenção a esse setor, como fizemos na gestão passada, atendendo às microempresas  nos bairros, e desenvolvendo mecanismos para que conheçam e sintam segurança em se tornar potenciais fornecedores.

Pedimos ao Prefeito, que apóie as pequenas empresas, valorizando a prata da casa. Desde já agradecemos o gesto inteligente, por ser revolucionário, já que a consumação dos negócios propulsionará uma vida comercial interessante para todos.

(*) Consultor e Diretor da LD Consultoria

www.linhadiretaconsultoria.com.br

www.lucianomeiramoc.com.br

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