Na semana passada, os pequenos comerciantes  do Shopping Popular receberam a notícia bomba de que o Prefeito e sua equipe de Secretários estavam articulando a venda da edificação do Shopping Popular para empresários de Belo Horizonte, donos do Shopping Oiapoque.

A baixa renda mensal do Shopping, que é utilizada para pagamento das aposentadorias da Prevmoc, tem obrigado a Prefeitura a suplementar a verba. Na verdade, o dinheiro repassado pela Prefeitura é referente às contribuições mensais – obrigatórias por lei-, dos funcionários efetivos.

A construção do Shopping Popular pelo ex-prefeito Jairo Athayde ajudou aos empreendedores ambulantes, viabilizando sua formalização, permitindo-os deixar as vias públicas para comercializar seus produtos num lugar seguro.

O recurso utilizado naquela construção foi proveniente do Fundo da Prevmoc, que recebeu em seu ativo um imóvel central muito valorizado.  Ter tal prédio é um grande negócio, sem mencionar o alcance social para os pequenos comerciantes.

O Prefeito, ao invés de ajudar as 260 pequenas empresas do Shopping Popular, fazendo campanhas publicitárias para aumentar o fluxo de pessoas naquele local, criou um clima de insegurança, anunciando uma provável venda daquele imóvel. Deveria, isso sim, investir na capacitação e orientação para os novos nichos de mercado, visando aumentar a produtividade e competitividade do setor.

Aumentar a arrecadação tributária do município é meta desde a posse do atual Prefeito. O cerco se fechou com a campanha publicitária do IPTU, extremamente intimatória, acoplada aos convênios com a Polícia Militar para aplicação de multas, e com a Receita Federal e Receita Estadual na cobrança de impostos. Um atraso veta qualquer atividade comercial nos sistemas integrados.

O Prefeito e sua equipe não demonstraram para a opinião pública onde serão aplicados esses recursos, preferindo dizer que estão fazendo “caixa para grandes obras”.

A venda do imóvel poderá resolver o problema no momento, porém, trará despesas num futuro próximo, quando precisará encontrar novos recursos. O Prefeito insiste em criar um fundo de caixa, em detrimento da manutenção dos serviços essenciais. São economias pequenas diante do tanto que será gasto, em face a consequente deterioração dos locais que urgem por conservação.

As Entidades de Classe que apoiaram a eleição do Prefeito,  ACI e CDL, estão silenciosas, intimidadas, não se manifestam e deixam as 260 pequenas empresas do  Shopping Popular sem amparo classista. Essa mudez assusta.

Saberemos rejeitar a inviabilização de 260 negócios  estruturados. Atitudes como essa do Prefeito e da sua equipe, sem embasamento administrativo, não deveriam acontecer, porque  criam  um caos mental nos pequenos empreendedores, paralisando-os.

Para executar a sua ideia, o Prefeito terá que apresentar um estudo de rentabilidade, outro de viabilidade, e, com a aprovação do Ministério Público,  elaborar um edital de negociação ou venda, aberto a todos, o que irá demandar tempo, permitindo, tanto os pequenos empresários, quanto a população, manifestarem-se contrários a essa impopular decisão.

“Quando a casa do vizinho está pegando fogo, devemos colocar as barbas de molho”. As pequenas empresas estão em estado de alerta, temerosos pelo seu destino, pois a direção que o Prefeito e seus assessores vêm tomando, atrapalha o desenvolvimento de Montes Claros.

Triste resultado de uma mídia política falsa, que apresentou uma pessoa progressista e nos obriga a conviver com o atraso de um passado cansado.

 


(*) Consultor e Diretor da LD Consultoria

www.linhadiretaconsultoria.com.br

www.lucianomeiramoc.com.br

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