O BIG BROTHER MUNICIPAL
Comentamos num artigo anterior que o Sistema de Monitoramento Olho Vivo da área central da cidade estava “cego” por deficiência de pessoal, daí recebemos do Secretário Anderson Chaves, a justificativa: os problemas do sistema são decorrentes do rompimento de um cabo de fibra ótica.
Pela importância, o Município precisa dar prioridade a esse tema. Os comerciantes informam que desde o início da Atual Administração o Sistema Olho Vivo vem apresentando deficiências, até aqui sem solução.
Falando de questões visuais das câmaras de segurança, temos de ter uma visão mais ampla dos benefícios desse sistema funcionando na sua integridade. Necessitamos de um Núcleo de Inteligência Municipal para ampliá-lo para toda a cidade.
A importância das Cidades Digitais vai muito além de liberar sinal de internet em praças públicas. O município já deveria ter apresentado, junto ao Governo Federal, um projeto para se adequar às linhas mestras da nova política pública dessa área. Acreditamos, pelo silêncio municipal, que não foi dada a devida importância a um programa nesses moldes.
A falta de um Corpo Técnico Municipal implica na integração de acadêmicos do Curso de Tecnologia da Informação das diversas faculdades nesse projeto. Solução inteligente “não é gastar menos, mas gastar melhor”.
O Sistema Olho Vivo deveria ser ampliado, primeiramente, para as áreas comerciais dos bairros de Montes Claros, uma das reivindicações das micro e pequenas empresas, o que existe parcialmente na área comercial do Bairro Major Prates. Urge ampliar esse serviço também para as praças públicas, sobretudo onde existem as quadras poliesportivas, o que ampliará a Segurança Pública.
A população não sabe, mas Montes Claros possui uma das melhores redes de fibra ótica subterrânea, estando boa parte dela ociosa. Por falta de planejamento, as redes ligadas aos órgãos municipais apresentam utilização inferior ao que seria razoável supor.
Com a melhoria do Sistema Olho Vivo poderíamos aumentar a eficiência do transporte coletivo, tornar mais inteligente o gerenciamento do tráfego com dados estatísticos da população nas áreas monitoradas, e até mesmo acompanhar o abastecimento de água em cada região.
A melhoria da Central de Operação do Sistema Olho Vivo, além de qualificar a Segurança Pública poderia utilizar aplicativos de reconhecimento facial e detecção de comportamento suspeito. Tal programa possibilitaria a identificação de criminosos e ações preventivas, um recurso já utilizado pela Receita Federal nos aeroportos.
Algumas dessas soluções incluem sensores conectados em rede numa nuvem com plataformas especiais de processamento, big data e inteligência artificial para fornecer, por exemplo, rotas alternativas e reduzir os engarrafamentos ou responder rapidamente aos acidentes de trânsito. De suma importância é a adaptação dos sinaleiros de trânsito, notadamente dessincronizados entre si, em sistemas inteligentes para obtenção de dados e melhora da fluidez.
Na Campanha Política o Prefeito prometeu apoiar os “startups” locais. Pois está aqui uma atividade para ser desenvolvida. Diante da Inteligência, não há motivo para Montes Claros optar pelo seu oposto, a burrice.
Então Prefeito, essa é uma das visões de futuro que nossa cidade precisa viver, para, enfim, abandonar sua existência de “carroção atolado” no terreno da ineficiência. Portanto, o Olho Vivo, parcialmente abandonado, se completamente ativado, poderá ser uma solução técnica para vários problemas que afligem o município.
(*) Consultor e Diretor de LD Consultoria
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