Venho atuando com os princípios da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, praticamente por dez anos, onde tive oportunidade de implantar e  organizar o desenvolvimento econômico em vários municípios do Norte de Minas.

Montes Claros foi o projeto maior, onde a partir da implantação da Lei Geral, criou-se uma infraestrutura de atendimento através da Sala do Empreendedor.

Esta ação foi propulsora não somente de formalização, mas sobretudo de criação de oportunidades de negócios através das compras governamentais, cursos gratuitos com curta duração, via Sebrae, abrangendo os bairros da cidade, além de eficaz organização de diversos segmentos comerciais nas referidas regiões.

Neste contexto, tive oportunidade de conviver com diversas entidades de classes que atuam na cidade. Todavia, elas têm se transformado em uma complexidade sem fim para passar da teoria à pratica as diretrizes da Lei Geral. Assim, têm preferido ser meras observadoras dos resultados que este trabalho está proporcionando.

Recentemente, fui procurado por um dos diretores de entidade classista, para criar uma Associação das Micro e Pequenas Empresas.

Preferi responder que a estrutura associativista vigente em nossa cidade advém de um modelo arcaico, onde pouco se faz em prol do desenvolvimento local.

Salientei que sempre defendi que as micro e pequenas empresas devam ter plena ciência e domínio do exercício do seu poder de pressão junto as instituições públicas e associativas, para que a Lei Geral da Micro e Pequenas Empresas seja cumprida com eficácia.

A titularidade da Diretoria de alguma entidade de classe é menos premente para quem quer ser parte ativa do desenvolvimento das Micro e Pequenas da nossa cidade. Ser diretor é reconfortante, mas não gera o resultado de quem tem o compromisso de ver e fazer a coisa acontecer.

Não será surpresa se a qualquer dia surgir uma Associação das Micro e Pequenas Empresas, empunhando bandeiras oportunistas e fantasiosas, sobretudo pelo momento politico. Esse modelo de enganação ainda é muito singular desta Região.

Para atrair os incautos, ouve-se falar sobre a criação de um movimento para pressionar o Governo, para “perdoar as dividas” – chavão demagogo preferido do meio politico.

Em quem acreditar?

Primeiro passo é rejeitar este tipo de demagogia.

Segundo, dar  apoio àqueles que realmente estão verdadeiramente na luta em prol das Micro e Pequenas Empresas, como o Sebrae e a Frente Nacional dos Prefeitos que, desde a implantação da Lei Geral, têm se destacado como verdadeiros líderes deste movimento.

Importante mencionar o trabalho que o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingues, que vem atuando em prol das micro e pequenas empresas há mais de trinta anos. Graças a sua dedicação pessoal, mobilizou diversas lideranças politicas de todo Brasil, apresentando uma proposta junto ao Governo Federal para a aprovação do Refis das Micro e Pequenas Empresas, visando ao parcelamento de débitos. Este Projeto aguarda a aprovação do Presidente da República.

No balcão de negócios da demagogia politica, oportunistas começam até a separar pequenas empresas urbanas das rurais. Trata-se de prática arraigada da politica local, tentando dar ao segmento da área rural uma “diferenciação” que não condiz com a realidade. Fatos assim, volta e meia são publicados na imprensa local. Ressalto que a legislação das Micro e Pequenas Empresas não as difere.

Essa análise faz-se necessária para que os empreendedores possam ter na próxima eleição uma participação efetiva, sabendo diferenciar e separar o bom, do ruim, o falso o verdadeiro, o joio do trigo. Descartando o joio e, enfim, escolhendo o trigo.

As Micro e Pequenas Empresas de Montes Claros, acreditam lutam diariamente para ter um futuro deveras promissor. Isso é o que me motiva  a defender esta luta árdua e estimulante.

 

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