Estamos vivendo dias de grandes controvérsias. A cada momento somos surpreendidos por algo maléfico, que nos deixam indignados num primeiro momento e depois nos escandalizam pela falta de punição.
Os escândalos de corrupção dos políticos são presenças diárias nos meios de comunicação. A banalização dessas cenas mostra como ser político tornou-se vulgar devido à desonestidade.
Enganar a opinião pública também deveria ser crime não afiançável. Este ano teremos eleições para Presidente, Governador, Senador, Deputados Federais e Estaduais. A opinião pública de Montes Claros repetirá o erro da eleição passada, quando escolheu um Prefeito com discurso floreado por alegadas competências, mas que, até o momento, não apresentou nenhum projeto relevante?
Repetimos com desgosto que transitamos por uma cidade suja, de ruas esburacadas, praças abandonadas, persistente escassez de água, escuridão das ruas cujas lâmpadas queimadas não são substituídas, anúncio de aumento da dengue sem um plano emergencial, bueiros entupidos, paralisação dos Pronto Socorros. A lista de mazelas é interminável, mas, na televisão a propaganda da Prefeitura diz que está “fazendo a diferença”. Não entendemos os fatos como diferença para melhor.
Com a aproximação das eleições, aparecem por aqui deputados “ainda” com mandatos, com a falácia de que têm “novas ideias para a cidade”. Chegam numa enxurrada de mentiras distribuídas nas mídias, destacando-se a televisiva.
Temos visitado os bairros e, nos contatos com empreendedores das micro e pequenas empresas, ouvimos reclamações unânimes da ineficiência da Prefeitura e dos políticos. Para eles, o abandono do poder público e dos deputados aqui votados afetou o bom funcionamento do comércio e o desenvolvimento da cidade.
Lembramos da história do Rei que enviava seu cobrador de impostos mensalmente para fazer a arrecadação dos tributos. Um dia o cobrador disse ao Rei que a população tinha feito os pagamentos sem reclamar. Então, o sábio Rei pediu ao cobrador para devolver a arrecadação, porque o silêncio era indicativo de uma revolução em curso.
Algumas entidades de classe tentam deflagrar uma campanha contra candidatos de outras regiões, mas se esquecem de vir a público cobrar dos deputados daqui a prestação de contas do mandato que finda.
A opinião pública nunca esteve tão revoltada com os políticos como nos últimos anos e espera o momento da eleição para mostrar sua indignação. Na eleição de 2014 tivemos 201.000 eleitores votantes, sendo que 51.000 deles votaram em branco e nulo. Com a operação Lavajato, a crise financeira do país e a classe política comportando-se com desonestidade veremos aumentar os votos inválidos.
Em quem eu votei na última eleição? O que esse político fez para melhorar nossa cidade? Na realidade os políticos pouco ou nada fizeram. Será que o eleitor se deixará enganar? Estamos ávidos pela resposta.
Cada eleitor insatisfeito multiplica o seu voto. Sua insatisfação falará mais alto e haverá renovação visando novos tempos com crescimento da economia da nossa cidade e região? Ou ficaremos na orfandade, em todos os sentidos, fingindo que a “cara lambida dos políticos” incapazes nos convence? Não e não! Queremos dias melhores e uma cidade desenvolvimentista, onde nossos filhos e netos possam ter orgulho de aqui viver.
Você, caro leitor, conhece algum trabalho útil de deputado para o nosso desenvolvimento ou para impedir as crescentes taxas de impostos que afetam nosso comércio? Caso não tenham feito nada, convoco-o para reprová-los na próxima eleição, votando noutro que possa trabalhar em prol da nossa região.