Falência da Politica Local
Na infância, uma manifestação de inteligência era saber a “tabuada”, onde os números não faziam mistério e tinham um resultado lógico. Contraditoriamente, os políticos votados em nossa cidade não dão valor aos números, mas deveriam, e hoje usam sua expertise apenas para analisar seu contra cheque.
Quando se fala em pesquisa de opinião, para os políticos os dados são manipulados, tendenciosos e outros tantos adjetivos, para depreciar os números conseguidos. Será que, se essas mesmas porcentagens tabuladas lhes fossem favoráveis, também pensariam assim?
É bom prestar atenção nas pesquisas, pois uma delas feita em 13 de outubro de 2016, pelo Instituto Antenas BI, para a Revista Época, mostrou que 62% dos entrevistados se interessavam pela política e 24% se consideravam eleitores politizados.
Em Montes Claros, uma pesquisa realizada no mês passado e publicada há alguns dias, por uma empresa de renome, encomendada por diversos partidos, mostra a rejeição aos atuais políticos, sendo um indicativo da sabedoria do eleitor, que, antenado, os rejeita.
Cinquenta por cento dos eleitores estão indecisos e nenhum deputado federal ou estadual local consegue obter 8% de intenções de votos na pesquisa espontânea. Trinta por cento já definiram que irão votar em branco ou nulo, num montante de 90.000 votos, o que está acima da média nacional de vinte por cento. Esses dados da pesquisa explicitam a percepção e a rejeição do eleitor ao status quo, porque dizem não.
A Lei Eleitoral diminuiu de 45 para 30 dias o tempo de vigência do Programa Eleitoral. Assim, teremos uma Campanha rápida, sem carros de som, sem outdoors, sem telemarketing e uma vigilância sem igual, na aplicação dos Recursos de Campanha. Sem espaço para discursos e sem propostas, os candidatos não conseguirão colocar a cara na rua, com a agravante de que a população se cansou das “falácias” sem resultados. E assim, os candidatos vão esperar a campanha começar, para ver se conseguem se salvar.
Analisando as eleições passadas e mais essa pesquisa recente, vemos que a cada eleição, o número de votos brancos e nulos só aumenta, e, nas cidades menores, os deputados vão tentando “catar” um aqui, outro acolá, sem analisar o porquê do esvaziamento dos seus votos. O motivo é a incapacidade de responder aos anseios dos cidadãos. Bingo!
Assim, as pequenas empresas, dado seu grau de penetração na comunidade, terão um papel fundamental na orientação da opinião pública, porque convivem com todas as camadas sociais, sendo referência em seus bairros e poderão ser caixa de ressonância contra os maus políticos.
E os novos Candidatos? Estão encontrando a barreira do não em sua frente, pois a cada 100 pessoas, 35 estão propensas a anular o voto. O que fazer? Um eleitor curioso poderá perguntar: em quem vocês irão votar? Dos atuais deputados, não votaremos em nenhum, pois fazemos parte dos decepcionados com os políticos locais.
Na mesma pesquisa, o atual Prefeito está com um por cento de popularidade, recorde de rejeição na história política da cidade. Isso demonstra, mais uma vez, a sabedoria popular, que errou, admite, mas não repetirá o erro.
Os números não erram, a demagogia e a inoperância terão seus resultados nas urnas, e com eles, corremos o risco da diminuição da bancada de deputados votados aqui. Caso você queira ajudar os deputados locais, dê a eles uma tabuada, pois com ela, poderão aprender, finalmente, algo sobre os números. Porém, mesmo aprendendo Matemática, espero que tomem bomba nas urnas, pois precisamos de renovação.
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