Nos quatros cantos da cidade, um comentário se propaga em todos os ambientes: “a Prefeitura está juntando um bom dinheiro”. Hoje, com uma arrecadação em torno de um milhão e  meio por dia, o caixa do município não para de engordar.

Mesmo sem saber o valor que tem no caixa do município, em vários bairros da cidade, a população comenta que o Prefeito “está arrecadando bastante dinheiro”. Com os cofres cheios, ainda assim, as pequenas empresas, infiltradas em todos os lugares, com bom trânsito em todas as classes sociais e grandes responsáveis pelo desenvolvimento da cidade, não conseguem identificar na Prefeitura, quem possa solucionar seus problemas.  

E então, muito dinheiro para gastar em quê? Quais são os grandes projetos aprovados que poderão ser executados em médio e em longo prazo? Fizemos um levantamento e não identificamos nenhum. As execuções em curso são de outros mandatos, os quais o Prefeito ou conclui ou terá que devolver os recursos com juros e correção monetária para o Governo Federal.

Com o nome sujo no Cadim, órgão da CGU – Controladoria Geral da União, a Prefeitura Municipal de Montes Claros não pode receber ou requerer recursos do Governo Federal.

Isso nos faz lembrar de Walter Disney e seus quadrinhos, nos quais o Vovô Patinhas é um grande guardador de dinheiro, multimilionário, sovina, ranzinza,  pão duro, e que não se preocupa com nada nem ninguém, a não ser “chocar” seu dinheiro guardado, atitude que lhe dá um prazer patológico.

Que diferença existe entre o zelo do atual Prefeito e o do Vovô Patinhas pelo dinheiro? Nós vemos uma semelhança das maiores, mas fica para cada leitor a sua análise.

Como não gasta o dinheiro público, previsto no Orçamento, a cidade vai tomando o aspecto, a cada dia com maior semelhança, a uma grande favela. A Praça da Matriz, que era o nosso cartão postal, abandonada, virou “um pasto sem grama”, com uma moldura humana de mendigos e drogados, pessoas que precisam de ações públicas. As outras praças existentes na cidade continuam ao deus dará. No orçamento do município existe uma dotação orçamentária para executar esses serviços, daí estranharmos esta inação. O secretário da pasta, que se diz ambientalista, se curva diante da inoperância e da incompetência.

No Parque Guimarães Rosa, fizeram uma pista de asfalto, no lugar de bloquetes, que favoreceriam a infiltração de água no solo, cobertura mais adequada numa área de enchentes. Tal cobertura atrapalhará o desenvolvimento vegetal do lugar.

Na área da saúde, convênios que ajudavam a população mais carente, como os do Hospital Universitário, do NASP – Pitágoras e do Prontocor foram cancelados. Tudo isso com o propósito de se juntar “mais dinheiro”.

Na semana passada, numa inauguração na Santa Casa, na presença do Ministro da Saúde Ricardo Barros, o Prefeito deu vexame quando pediu para aumentar os valores pagos pelo SUS. Um homem que fez carreira como deputado federal e depois foi ministro do Tribunal de Contas da União, deveria saber que qualquer aumento precisa ser apresentado e aprovado pela Câmara Federal, Senado e Presidência.

Enganou o Prefeito, ou usou de Demagogia para encobrir o fracasso de uma administração sem horizontes? Mais uma vez o “milhão” depositado não vale um “tostão” para a cidade, pois o Vovô Patinhas não abre a mão. Cruz credo para o Prefeito!

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