“As boas contas fazem o bom comerciante”, diz o ditado de origem portuguesa, sugerindo o caminho do sucesso. O empreendedor deseja expandir e ver resultado financeiro em seus negócios.
Na luta diária pela manutenção do seu empreendimento, quem trabalha sente a carga tributária lhe tirar mais de quarenta por cento do faturamento. Sentindo-se indignado, procura os benefícios que o Poder Público deveria lhe proporcionar, e nada vê.
Com olhar analítico, o bom empreendedor observa o bairro, sonhando com a ampliação do seu comércio, nota a omissão das entidades de classe, que pouco fazem, e imagina o que a Prefeitura faria para beneficiar o bairro e comércio ali existente.
Montes Claros tem mais de 4.200 ruas, sendo que 440 necessitam ser asfaltadas. Nesse ínterim, a Prefeitura faz barulho ao asfaltar sete ruas na área central, enquanto se esquece dos bairros e suas deploráveis vias de acesso.
O Orçamento da Prefeitura, com toda a fome da atual administração, contraditoriamente, vem diminuindo em vez de crescer, devido à estagnação econômica e à política equivocada de arrecadação. As altas taxas cobradas pelo Prefeito atrasam o crescimento e a ampliação da economia local.
Dando exemplo de eficiência administrativa, municípios menores como Janaúba, Porteirinha e Taiobeiras têm Prefeitos Empreendedores 2018 que foram reconhecidos e homenageados pelo SEBRAE e pela FRENTE NACIONAL DOS PREFEITOS. Uma vergonha para o Prefeito de Montes Claros, que tanto bradou ter “competência invejável”. Esperamos que possa aprender com os vizinhos.
A Fundação João Pinheiro fez uma análise confiável dos dados econômicos e administrativos, na qual os prefeitos homenageados comprovaram uma ação eficaz em prol do município e das microempresas. A capacitação e ampliação das compras junto às pequenas empresas proporcionaram maior circulação de recursos nas suas cidades. Montes Claros, que já foi referência nessa área, dá vexame com essa regressão econômica.
A Praça de Esportes, que foi um celeiro de atletas, está sendo transformada em estacionamento de veículos. Os desportistas assistem o esporte ser relegado ao último plano, ou a plano nenhum. Nos bairros, o abandono das quadras poliesportivas as transformam em locais de consumo de drogas.
A Prefeitura tem o poder de fiscalizar as cobranças e serviços na área de saneamento, portanto deveria explicar aos comerciantes, o porquê de a Copasa dobrar o valor das contas de água no mês de novembro, sendo que não fizeram a leitura em vários hidrômetros. Queria antecipação da receita?
Os índices do IDEB na área de Educação (www.gedu.org.br), nunca estiveram tão baixos, e isso reflete como o Prefeito trata a área educacional da cidade.
Motivos como esses que mencionamos levam as microempresas a se manifestar. Desejamos que alertem sua clientela, participando da formação da Opinião Pública.
Então, se você acredita na importância de lutar por uma cidade melhor, não será mais um “burrinho de presépio”. Levará adiante sua indignação, para que a cidade não naufrague no caos e nem na enganação política.
( * ) Consultor e Diretor da LD Consultoria