A Administração Municipal tem mostrado preferência por cenários tétricos, cujo mau gosto se espalha pela cidade, assustando a população desentendida do que se passa. Lembrando cenários de filmes de extraterrestres, nos quatro cantos da cidade, em praças e em vias públicas, vêm sendo instaladas peças de sucata de ferro, denominada Arte Montes-clarense.
Uma das primeiras foi colocada próximo ao Parque Municipal, sendo uma imitação do mosquito da dengue, em posição de ataque, deixando os meninos apavorados com tamanha feiúra.
Outra arte da sucata foi inaugurada com toda pompa e circunstância na Avenida Sanitária, em frente ao Senac, com coquetel e pseudo-representantes das entidades de classe, que se curvaram diante do monstrengo metálico, descrito como borboleta. Para destacar a coisa horrenda, foram colocados holofotes, para que durante a noite os transeuntes contemplassem a peça.
O lado lúgubre da atual administração persiste e amplia seus itens de desconforto. Mantém-se a morosidade do recolhimento do lixo, com mau cheiro na porta das residências, praças em sua maioria abandonadas, cancelamento do apoio do Município a Escola do Padre Henrique, não pagamento aos professores e agora, mostram se divertir fazendo moldura de sucata de ferro nas vias públicas.
Uma ode ao feio parece ser o lema das administrações de perfil popular esquerdista, o que condiz com a filiação partidária do atual Prefeito, que é do PPS – Partido Popular Socialista. Em São Paulo, Fernando Haddad usou técnica semelhante em sua administração, transformando as praças e vias públicas, em barracas de “abandonados”. Apoiou os grafiteiros, pagando pela sua arte, o que deixou a cidade de São Paulo semelhante a um território devastado pela guerra.
Que arte é esta? Faço elucubrações a respeito, o que está em meu direito de cidadão. Talvez exista por trás dessa feiúra pública algo premeditado, para desestabilizar a população. Por gerar um ambiente hostil, favorável à guerra psicológica, poderá produzir alguma desordem mental pelo convívio com essa pseudo-modernidade.
Poderia mencionar grandes artistas como Vincent van Gogh ou Michelangelo, mas vou mencionar um artista local, nosso querido Godofredo Guedes, que na Praça da Matriz, nos encantava com suas pinturas. Vendo “Godô” pintando, notava sua habilidade em realçar a beleza dos ambientes, a sombra do casarão, onde os pombos pousavam ou os traços fisionômicos das pessoas.
Quando se retrata algo belo, a visão daquilo produz na mente humana uma alegria interior, que direciona quem o contempla para coisas perfeitas. No estágio final, encontra a mão de Deus. Mas quando o ser humano passa a admirar o feio, começa uma transformação em sua alma, onde a dureza e a desordem triunfam. As pinturas dos grafiteiros sugerem desorganização em suas mentes, pois são desenhos desconexos, com predominância do grotesco.
Há pouco tempo, a Prefeitura de Nova York resolveu os problemas que tinha nos metrôs, onde imperava o vandalismo. Reformaram e retiraram os desenhos grafitados dos vagões. Após os reparos, os atos de destruição foram reduzidos.
Sendo assim, solicitamos ao Prefeito parar com essa administração de sucatas, e dar vez ao belo, ao admirável e ao contemplável, algo que possa levar a mente humana até Deus. Em frente à Igreja Matriz, existe a imagem de Nossa Senhora das Graças com a seguinte frase: “Montes Claros, aos pés de Maria – 1913 – 1983 – Monstra te esse Matrem Sumat per te preces”. Essa sim deveria ser restaurada e iluminada. Caso o Prefeito mande polir a Santa Maria e ligar os holofotes, Deus lhe dará muitas Glórias e até mesmo a Salvação, por banir a feiúra, coisa própria do mal, fazendo brilhar a beleza na cidade.