Em 1960, Dr. Luís Pires, médico radiologista, foi o primeiro a trabalhar na cidade com equipamentos de Raios X no Hospital Clemente de Faria, mantido pela Congregação das Irmãs do Santíssimo Sacramento. Solicitou ao seu irmão Simeão Ribeiro Pires, então Prefeito de Montes Claros, a construção de uma Capela no local, para atender aos enfermos e seus acompanhantes, e tal foi feito.
O acompanhamento espiritual foi dado pelos Padres da Ordem Premonstratense, sendo o primeiro capelão o Padre Estanislau, o segundo Padre Armando e depois o Padre Aderbal Murta que celebrou a Santa Missa, diariamente, às seis da manhã durante anos. Há dezenove anos, o Padre Sérgio Rocha exerce a Capelania Católica do Hospital Clemente de Faria, atendendo aos enfermos e celebrando a Santa Missa aos domingos.
Há dois anos, Otávio Braga, ex-diretor administrativo do Hospital Universitário Clemente de Faria, criou um impasse ao alegar que a Capela estava contaminada pelos usuários, devendo ser desativada, e o local seria transformado num auditório.
Uma médica infectologista emitiu laudo duvidoso, apoiando o ex-diretor, pois nele confirmou uma “contaminação” que fora “identificada” depois de 50 anos de celebrações diárias de missas. A partir daquela data, foram suspensas as atividades na Capela, que passou a ser um auditório para uso de professores e alunos.
Com várias áreas em construção no Hospital Universitário, entre elas, uma escolinha maternal, a área espiritual religiosa não mais poderia existir. Esqueceram-se de que foi uma instituição católica que doou para o estado toda aquela área, de mais de 6.000 m², além do imóvel.
Uma manifestação de protesto dos vizinhos do Hospital e dos familiares dos enfermos foi abafada pelo ex-diretor que prometeu uma solução. Mudou o nome da Capela para Auditório da Divina Sabedoria, e depois foi trocando a denominação para homenagear Professores.
Uma peregrinação para a celebração da Santa Missa tornou-se obrigatória, sendo ocupados vários espaços. Passou por uma tenda, que é local de lazer dos enfermos, e em nova mudança passou a ser celebrada num corredor com trânsito intenso de enfermos e de visitantes até o início da Pandemia. Muitos deles são do sexo feminino, que, trajando shorts curtos, mostram pouco pudor e nenhum medo de infecção hospitalar, fato irônico, que o ex-diretor e a médica infectologista deveriam ser informados.
O atual reitor da Unimontes, Padre Antônio Alvimar, pela sua fé e pela sua missão sacerdotal, deveria restaurar a Capela daquela casa de saúde, pois o Hospital Universitário é o único que não tem área destinada à celebração religiosa, e mais de setenta por cento de enfermos são católicos. O Reitor deveria saber da grandiosidade da atuação religiosa no Hospital Clemente de Faria, local onde durante mais de cinquenta anos, sacerdotes deram seu trabalho pela salvação das almas dos enfermos, que passaram por lá. Poderíamos dizer: dai a Deus o que é de Deus, e ao Hospital Universitário o que seja dele.
Conclamamos o apoio de todos os amigos, inclusive os empreendedores de pequenas empresas, para pedirmos a restauração da Capela do Hospital Clemente Farias, pois algum dia passaremos pelo Hospital e nele queremos uma estrutura física e espiritual, para nos acompanhar nos momentos decisivos da salvação da nossa alma.
Pedimos ao Reitor e a todos aqueles que desejam a celebração da missa em um ambiente sacral, que atendam ao nosso pedido, uma vez que a Santa Missa é a renovação do Sacrifício da Paixão de Nosso Senhor, unindo a terra ao Céu, e não pode ser desprezada por ninguém, muito menos pelo ex-diretor.
Os atendimentos religiosos no HU – Hospital Universitario estam suspensos neste período de Pandemia. E fica a pergunta, pós Pandemia onde será celebrada a Santa Missa ?