As eleições em Montes Claros, historicamente, tanto na esfera municipal quanto federal, foram marcadas mais pelos nomes do que pelos partidos existentes.
Afinal a força do nome e as ações desenvolvidas pelos candidatos, além de suas propostas funcionavam como bandeira para a disputa eleitoral.
O lado ideológico era na maioria das vezes de predominância conservadora. Mas ao longo do tempo com as articulações e alianças partidárias, acabou perdendo identidade, se acomodando numa política de centro.
E assim tem sido, elegendo os representantes da nossa cidade muitas vezes distante da sua real identidade ideológica, transvestidos de moderados.
A população, entretanto, não abandonou a sua tradição e continuou apostando naquelas pessoas que apresentavam perfil conservador moderado.
Um traço conservador da cidade está na sua maior festa popular, as Festas de Agosto, onde a monarquia é reverenciada durante uma semana nos cortejos, tendo como o ponto alto da festa, o esplendor e a saudade da beleza, das vestimentas dos reinados e das tradições, o que com certeza é assistido com tristeza pelos adeptos da teologia da libertação.
Após o Concilio Vaticano II a esquerda católica local, através das comunidades eclesiais de base começaram a desenvolver ações na periferia da cidade para, pelas beiradas, chegar com o passar dos anos às principais paroquias.
E essa mesma teologia da libertação tem causado divisão juntos aos fiéis.
Nesse contexto o clero progressista (comunista) em Montes Claros percebendo que os partidos de esquerda não encontraram até o momento uma proposta, decidiu agir para enfrentar um ambiente nada favorável nas próximas eleições.
Isso porque o apoio que deram a Lula resultou em um grande fracasso.
E hoje o Governo Federal encarnando uma política de direita acaba frustrando o avançado das ações esquerdistas.
Um artigo publicado há alguns dias pelo Blog Fratessium, intitulado “ A banda podre da CNBB”, mencionava o nome de 132 bispos que fizeram um manifesto contra o presidente Jair Bolsonaro, aborrecidos com o abandono das políticas sociais “petistas”.
Para vergonha e indignação dos católicos da nossa cidade lá constavam os nomes dos bispos de Montes Claros nossa cidade.
Na ultima eleição o presidente Jair Bolsonaro foi majoritário em Montes Claros. Este fato deveria servir de reflexão para os prelados que deveriam respeitar a opinião da população.
Afinal nos quase 30 anos de governos de esquerda (FHC, Lula e Dilma), a população, mesmo não concordando, permaneceu calada diante do envolvimento dos clérigos usando o púlpito para enaltecer as doutrinas comunistas, que vão contra a verdadeira doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana.
No ultimo final de semana, a esquerda católica local promoveu uma reunião para definir o perfil a ser fixado para as eleições desse ano.
Os temas a serem debatidos são as “ameaças a democracia”, “responsabilidade com as coisas públicas”, “como reencantar a política“ e o encaminhamento e orientações para as Pastorais com vistas a eleição 2020, a utilização do espaço religioso e o possível apoio à reeleição do atual prefeito, organizando uma frente esquerdista na cidade.
Com esses fatos fica demonstrado que teremos esse ano uma polarização ideológica ostensiva, com a esquerda sem máscaras pretendendo confrontar a parcela da população que apoia o presidente Jair Bolsonaro na cidade.
Caso isso ocorra perderão muitos dos seus fiéis, inclusive muitos que contribuem com o sustento da Igreja. Estarão assim levando para dentro dela além do caos religioso dificuldades financeiras.
Com tristeza observamos essa posição. Acredito que o melhor caminho para um clero verdadeiramente Católico Apostólico e Romano seria se ater aos 10 mandamentos da Lei de Deus.
Se para cada ação há uma reação igual e contrária acreditamos que no meio politico local, sobretudo aqueles com o pensamento de direita, deverão começar a se preparar para o embate.
Lembrando aos católicos que tanto a Profecia de Fatima e a de La Salette, mencionam a crise que a Igreja Católica estaria passando em nossa época. Portanto, a Santa Igreja, não irá prevalecer junto ao que é inspirado pelo mal.
(*) Consultor e Diretor da LD Consultoria