O mal empregado sempre tem o hábito de apontar o defeito dele em outras pessoas.
Estamos vivendo uma das maiores pandemias na cidade de mosquitos como Dengue, Zika e agora o Chikungunya. No noticiário da Prefeitura falam que mais de 21.000 pessoas já foram identificadas com um desses vírus.
O Chikungunya virou palavra corrente na boca da população, onde se comenta, que de cada dez pessoas, sete estão com essa virose. No período da quaresma, tem sido um bom castigo para os inocentes úteis, que estão sentindo dor em cada parte do corpo, dos pés à cabeça, e não esquecerão desses momentos vividos.
A Prefeitura diante desses horrores, em vez de assumir a culpa da omissão do poder público, em criar uma ação eficaz, primeiro anuncia que o carro fumacê não funcionaria no combate, e a última notícia largamente divulgada, que o problema é dos moradores, com entulhos e plantas em suas residências.
A imprensa que tanto destaca as informações do município, pouco faz no sentido de verificar a veracidade dos fatos.
Nas redes sociais circula já há um bom tempo falando do Piscinão de Chikungunya que virou a piscina da Praça de Esportes.
Depois que o Prefeito acabou com as atividades do esporte especializado naquele local, a Piscina também foi paralisada, interrompendo uma trajetória das mais antigas da cidade. E água parada na piscina virou um criadouro de mosquitos.
Algo chama atenção, numa cidade com tantas faculdades, não aparecer um especialista da área de Entomologia. Todos nós sabemos que a cidade sempre teve focos de mosquitos.
O que o Prefeito fez na ação de contenção do foco dos mosquitos? Como dito acima, mandou o setor de imprensa contar uma história floreada para a população.
Então vamos analisar os fatos: o carro fumacê impediria o alastramento do vírus na cidade, mas a informação dada era que não iria funcionar.
Os responsáveis pelo combate aos mosquitos na cidade, são técnicos da FUNASA, que foram transferidos para o estado para uma atuação conjunta com a Prefeitura.
Em Montes Claros tem uma central de UBV- Ultra Baixo Volume, que conta com 26 carros, para atender Montes Claros e região. Tinha sido repassado ao município 12 carros, que após serem utilizados indevidamente por funcionários do município foram recolhidos, ficando somente dois carros.
Na Prefeitura não conta com técnico especializado nessa área, necessitando da ajuda da equipe da FUNASA, que são poucos, inviabilizando uma grande ação na cidade.
O sistema antigo da Prefeitura era feito uma fumaça comum, mas no combate aos mosquitos depende da utilização de um produto químico chamado Malariom que é dissolvido na água, utilizando uma bomba FMI (muito utilizado no setor de Hemodiálise ), programada para calcular quantos milímetros do inseticida vai ser lançado ao ar. Esse sistema permite separação do líquido para micro partículas.
Ao estar mencionando esses detalhes é para o leitor, entender que essa é uma área que necessita de técnicos especialistas, e o que o Prefeito fez?
A Tirou o pessoal que trabalhava com essa área do Centro de Zoonose e instalou os mesmos no antigo Lixão no bairro São Geraldo.
Mas de onde vêm os mosquitos? Das águas paradas nos esgotos, dos quintais e tantos outros. Qual pesquisa a Prefeitura fez de inseticidas para que a cidade tivesse uma ação eficaz nessa area?
No Governo Federal anterior, do Presidente Bolsonaro foi criado o Marco Regulatório para o Saneamento Básico, que permitia uma ação integrada entre o Governo Federal, o Município e a Iniciativa Privada, para apresentarem um Projeto que atenderia a cidade.
Infelizmente Montes Claros não apresentou nenhum estudo ou interesse para resolver o problema do saneamento básico local. Agora a população sente as consequências.
Então Prefeito, não ponha culpa na População, saia do seu comodismo venha atender a população, pois o choro de dor , está grande na cidade .
Acorda Montes Claros !
(*) Diretor e Consultor da LD Consultoria